As minhas leituras - Elsa

sábado, 20 de junho de 2020

Praia, a calma aqui tão perto


Nem sempre é preciso grandes preparativos para ir à praia. Tendo uma pequena praia fluvial mesmo à porta, basta-nos uma roupa fresca e prática e uma toalha e lá vamos nós. Às vezes, só passeamos na areia, outras vezes jogamos ao UNO, ou ficamos os dois a cavar a areia (e eu a partir as unhas nas pedras e conchas). Esta praia não é muito apelativa para aquelas pessoas que não gostam de caranguejos, que têm medo dos pulgões, que lhes faz impressão as conchas e as pedras. Não tem uma areia fina e branca. Tem lodo quando a maré baixa, tem muito iodo também.

Se não gostam, não venham. Deixem-na disponível para nós que gostamos muito. Mesmo no centro do núcleo antigo, olhamos em volta e descobrimos casas a serem recuperadas, esplanadas com vista para o rio, a antiga fábrica de bacalhau, o moinho de maré e ali bem perto, o Barreiro. É saber apreciar. Este ano, noto mais limpeza na praia, o que é um excelente melhoramento para a sua qualidade.

Eu aproveito esta qualidade de vida, poder pôr os pés na água sempre que me apetece, seja de manhã cedo, seja apenas para um pequeno passeio a meio da tarde ou ao anoitecer para ver o pôr do sol. 


Penso que sou uma pessoa com sorte, quando ao fim de um dia de trabalho, consigo sair de casa, fazer uma caminhada pertinho do rio e ainda por os pés na areia.

Já detestava confusões mas agora ainda me sabe melhor ter a praia só para mim. Poder molhar os pés na maré baixa e ver o meu filho a brincar. 

Depois se tantos dias confinada, até o vento sabe bem na pele (e sabem que odeio vento) mas hoje até isso me fez sentir viva. 

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