Se formos com olhos de ver, são inúmeros os recantos escondidos, as paisagens que se vão alterando a cada curva da estrada, as praias, as grutas e outros buracos, os caminhos mato dentro.
Sempre gostei de ir passear à Arrábida, tem algo de místico. Há um peso que nos traz de volta à terra, algo que nos puxa para dentro, para bem fundo em nós mesmos. É um passeio para se fazer em silêncio, para refletir naquelas coisas que nos podem estar a magoar e para as deixarmos ali ficar, lançadas "borda fora", enquanto agradecemos a vida.
O melhor agradecimento de hoje é o me ter sido permitido ter na minha vida o ser mais belo. Aquele que nasceu de mim. A serra traz-me boas lembranças: alguns passeios de carro na minha infância, em que ia com a minha irmã no banco de trás, as idas à praia em família e com amigos, e até aquela ida de bicicleta que fiz com um grupo de amigos, em que saímos das Pedreiras e fomos até à serra do Risco.
No meio destas lembranças que me vão passando pela memória, vejo lá em cima as três cruzes e penso que um dia tenho de saber o que significam. Passamos pelo convento, pela ermida, pela Igreja de El Carmen (de que recordo a procissão de gentes simples) e o casamento da minha melhor amiga, Carmen.
As fotos aqui apresentadas, retirei do google, não são da minha autoria.